A agilidade no atendimento e deslocamento de um paciente pode ser a diferença entre uma perda e um resgate de sucesso. Em tempos de pandemia, o serviço de UTI Aérea se mostrou muito mais do que uma comodidade: é essencial para a vida.
Ao longo de 2020 e 2021, especialmente em momentos de alta dos casos de COVID-19, os leitos de hospitais estavam lotados, fossem públicos ou particulares. Segundo dados da UFBA, Universidade Federal da Bahia, a região Norte do país conta com menos de um leito de UTI para cada 10 mil habitantes, sendo a menor taxa do país. O único estado que é exceção é Rondônia, com um número de 1,20 leitos de unidade intensiva de tratamento para cada 10 mil habitantes.
Esses números mostram a limitação do sistema de saúde para lidar com uma situação de pandemia. Porém, também demonstra a importância de um transporte ágil para o tratamento desses pacientes. Afinal, como foi visto com a evolução dos casos de Coronavírus, a agilidade em prestar os primeiros atendimentos e a análise para uma internação se fazem fundamentais para a manutenção da vida.
Transporte aeromédico e UTI Aérea
Agilidade no socorro pode ser a diferença entre a vida e a morte. Assim, o transporte aeromédico é uma alternativa que aumenta as chances de atendimento e de sobrevivência devido a sua agilidade em cobrir grandes distâncias.
Ao longo dos últimos dois anos foram feitas inúmeras reportagens sobre a lotação dos hospitais e a falta de leitos foi um dos maiores problemas que a população enfrentou. Nesse período foram criados hospitais de campanha e a alteração de leitos convencionais em leitos de UTI para ampliar a capacidade de atendimento à vida, porém, ainda assim muitos hospitais ficaram sem capacidade para atender tamanha demanda.
O mapa da demografia médica no Brasil demonstra a quantidade de leitos de hospitais pelo país. Vemos que a região Sul e Sudeste têm maior capacidade de atendimento, concentrando a maior parte da força de trabalho médica do país.
Porém, a situação muda drasticamente ao olharmos os Estados da região Norte. Segundo o levantamento, a região é a que menos concentra médicos no país, tendo alguns locais com maior capacidade de atendimento, mais ainda assim ficando bem distante dos demais estados do país.
E isso também é traduzido na capacidade de atendimento de urgência. Ao longo dos últimos anos ficou evidente a necessidade de ampliação do sistema de saúde na região para garantir maior apoio à vida.
Como exemplo, foi observado durante o período de maior alta da pandemia a necessidade de transportar pacientes para outras regiões do país, incluindo o transporte de pacientes para a região Sul devido à disponibilidade de vagas em unidades de tratamento intensivo.
Esse movimento foi possível, em grande parte, pela capilaridade de empresas de táxi aéreo que promovem o serviço de UTI aérea. Dessa forma, foi possível fazer o transporte de modo a levar o paciente com segurança e agilidade, visando garantir o atendimento e aumentar a probabilidade de sobrevivência.
Estrutura de UTI Aérea
Para conseguir prestar o transporte aeromédico com qualidade, é necessário atenção constante ao paciente. Dessa forma, a equipe de piloto e co-piloto são instruídos do estado de saúde do paciente a todo momento para que consigam evitar turbulências, mau tempo e condições de pressão e altitude que possam gerar desconforto ou piora no quadro médico.
Para realizar o transporte, a aeronave deve conter os itens fundamentais para o funcionamento de uma UTI Aérea, que são: equipe especializada, equipamentos médicos de alta tecnologia, monitor de sinais vitais, medicamentos gerais e específicos para a necessidade do paciente.
O serviço de UTI aérea se mostrou fundamental em períodos de crise de saúde, encurtando distâncias, garantindo apoio à vida e aumentando as chances de acompanhamento médico especializado. Esses fatores foram essenciais para que empresas que oferecem o serviço de transporte aeromédico fizessem a diferença em um momento de extrema necessidade social.